domingo, 23 de agosto de 2009

Atividade 3 - Recriando Imagens Televisivas

Proposta da atividade:


Para a Atividade 2 foram pesquisadas imagens sobre cenas dos programas da TV brasileira. Fazer intervenções gráficas nas imagens para expressar visualmente as opiniões e reflexões feitas nas discussões do fórum.

Memorial descritivo:

Para a Atividade 2, eu escolhi resenhar sobre a novela "Caminho das Índias", porém, nessa atividade, ao invés de fazer o meu trabalho em cima de imagens dessa novela, eu preferi seguir na linha da charge e adaptei uma (tema original: impostos x programas assistenciais) ao tema da Unidade.

Essa é a minha crítica ao poder público, que faz toda uma legislação
[1] e [2] na qual está explícita qual deve ser a vocação das emissoras de rádio e TV no Brasil, mas que não se importa em garantir que tal vocação seja realmente respeitada:

O controle da comunicação de massa pertence a um grupo pequeno de privilegiados que age mais em função dos próprios interesses do que dos interesses públicos, contrariando o que dispõe o artigo 220, parágrafo 5, da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988 (Brasil, 1988).

A mesma Constituição, em seu artigo 221, e o artigo 3 da legislação da radiofusão Brasileira (Decreto nº 52.795/63, apud Duarte, 1990), estabelecem o caráter educacional da produção e programação desse serviço, assinalando que as finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas são prioritárias às finalidades de divertimento, propaganda e publicidade. (PORTO, 2000)

É também algo para se pensar: entre os abertos e os da TV a cabo são inúmeros os canais, porém, apesar dessa profusão, o que realmente acaba chegando de aproveitável às nossas casas é uma parcela ínfima de toda essa programação!


Fonte da charge original: http://ciceroart.blogspot.com/2009/06/vantagem-para-quem.html


Notas:

[1] Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988: artigo 220, parágrafo 5 e artigo 221, parágrafo 3; Legislação de Radiofusão Brasileira (decreto nº 52.795/63)

[2] Art. 1º(20) - Os serviços de radiodifusão, compreendendo a transmissão de sons (radiodifusão sonora) e a transmissão de sons e imagens (televisão), a serem direta e livremente recebidas pelo público em geral, obedecerão aos preceitos da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, do Decreto nº 52.026, de 20 de maio de 1963, deste Regulamento e das Normas baixadas pelo Ministério das Comunicações, observando, quanto à outorga para execução desses serviços, as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Bibliografia:


_____PORTO, Teresa Maria Esperon. A Mídia Televísica, o Adolescente e a Escola Pública. In: A televisão na escola... afinal, que pedagogia é esta?


Este é um Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola-3.

sábado, 22 de agosto de 2009

Atividade 2 - Assistindo Novelas


www.google.images.com



A novela sobre a qual eu vou resenhar chama-se “Caminho das Índias” e é exibida pela Rede Globo no horário das 21:00 hs. Seu enredo apresenta situações vividas por dois núcleos: o brasileiro e o indiano. A proposta é uma análise dos capítulos das duas últimas semanas.


http://audienciadatv.files.wordpress.com/2009/01/caminho_das_indias_1.jpg

No núcleo brasileiro, os principais temas são a esquizofrenia de Tarso, o filho de um importante empresário e de uma socialite: os pais se recusam a providenciar um tratamento médico adequado para o filho por temerem que, admitindo sua doença, o rapaz fique estigmatizado como louco para o resto da vida. Noutra vertente, a trama gira em torno das conseqüências sofridas por um casal e um empresário, vítimas de golpes dados por uma psicopata e seu cúmplice: o empresário teve a sua fortuna roubada pela mulher (Ivone) e o casal está sendo chantageado pelo homem (Mike) que quer R$ 500 mil para não divulgar um filme de seu encontro amoroso com a esposa do executivo.

No núcleo indiano, a trama gira em torno de duas cunhadas que fazem parte de uma família indiana muito tradicional e apegada aos costumes (especialmente no que diz respeito à questão das castas sociais). Uma delas, Surya, está simulando uma gravidez porque se sente pressionada para ter um filho, a outra Maya, tem um menino, porém, esconde o fato dele não ser filho de seu marido e sim de um ex-namorado, um rapaz sem casta odiado por toda a família de seu marido. As cunhadas descobrem uma o segredo da outra e ambas se sentem ameaçadas de serem desmascaradas.

A novela se destina aos jovens e adultos, mas, como é de costume no Brasil, certamente é assistida também pelas crianças na maioria das casas. Os principais temas abordados são:
  • O preconceito da sociedade contra os doentes mentais

  • O comportamento dos psicopatas e os perigos que eles oferecem aos outros

  • A questão do tradicionalismo (sociedade de castas indiana) X a diversidade

  • A submissão da mulher persistente em algumas culturas

  • O conflito entre as diferentes culturas (brasileira X indiana)

  • As relações afetivas, a traição e as conseqüências das mentiras nela implícitas

  • A delinqüência de jovens de classe média alta

    Os conceitos são passados para o público ora de forma clara (ex: o homem de casta, apesar de totalmente apegado aos costumes, não se priva, entretanto, de ser justo com uma família sem casta quando o seu próprio filho incendeia a casa destes), ou de forma subliminar (ex: o adolescente estilo “pitt-boy” que agride pessoas nas ruas e na escola e tem o seu comportamento justificado pelos pais como “brincadeiras de menino”).

    A caracterização é principalmente sentida no núcleo indiano: vestes, jóias, ambientes (decoração dos cenários, etc.) são os mais característicos possíveis. Os atores e atrizes, evidentemente, seguem o padrão de beleza das telenovelas brasileiras, principalmente os principais: homens e mulheres jovens, belos e com corpos esculturais. Até os atores mais velhos seguem esses padrões de estética.

    O merchandising existe, os produtos mais expostos são os do Banco Itaú e da Natura, quase que diariamente. Durante os comerciais da novela são veiculadas propagandas diversas, por ser o chamado “horário nobre” são principalmente as de produtos com abrangência nacional (comerciais de grandes bancos, montadoras de carros, grandes lojas de departamentos, etc.). São geralmente produtos destinados aos adultos. A relação ideológica entre a novela e os produtos vendidos na propaganda é a costumeira: produtos que dão uma conotação de serem feitos para uma elite: pessoas bem-sucedidas, belas, desejáveis, como aquelas vistas na novela.

    O impacto da novela é grande, haja vista que começou a ser veiculada no dia 19/01/2009 e ainda não dá sinais de término. Isso indica que o índice de audiência é alto, caso contrário sua duração seria abreviada. Seu impacto também pode ser sentido à medida que os bordões vêm sendo imitados, as palavras retiradas do idioma estrangeiro e faladas diariamente pelos atores são repetidas nas conversas dos espectadores (no trabalho, na escola, na vizinhança, etc.), o vestuário e os acessórios em estilo indiano estão bem presentes nas lojas e nas ruas, as músicas da trilha sonora da novela, especialmente as indianas, fazem sucesso nas rádios.


http://images.google.com.br/images

Se eu pudesse reescrever a novela, provavelmente não mudaria nada, pois ela se presta muito bem aos seus propósitos de entretenimento e segue uma receita já consagrada pela novelista Glória Perez, que mistura tramas mirabolantes a um ingrediente que fascina o telespectador: o vislumbre de uma cultura estrangeira milenar, complexa e bem diferente da nossa.

Este é um trabalho acadêmico apresentado à disciplina TCE-3 (Tecnologias Contemporâneas na Escola-3).


Tudoaomesmotempoagora!


Bem, após um bom período sem fazer postagens no Diário de Bordo aqui estou eu novamente, fazendo deste um espaço de interação com as atividades do curso de Licenciatura em Artes Visuais pela UnB.

Nesse 4° semestre alguns novos desafios se apresentam: é chegada a hora do nosso primeiro estágio supervisionado.

Nesse meio tempo também tive algumas novidades na minha vida pessoal, que acabarão afetando de certa maneira a minha formação acadêmica: no dia 29 de julho tomei posse de um cargo público e agora sou funcionária do Estado de São Paulo.

Minha nova atividade profissional tem me absorvido muito, especialmente porque há todo um conteúdo a ser assimilado. O cargo envolve muitas responsabilidades e um grande volume de trabalho. São prazos, pressão, muitos detalhes para prestar atenção aliados à insegurança inerente a todo começo de atividade.

Além de tudo isso, começa um novo bimestre e somos confrontados com as demandas da faculdade - que são muitas e bem complexas - e uma preocupação em não deixar cair a qualidade da minha atuação tanto profissional quanto acadêmica.

Tarefa difícil, visto que o tempo se reduziu muito, pois, se antes eu podia me dedicar quase que exclusivamente à faculdade, hoje tenho que fazer malabarismos para atender às necessidades tanto do meu curso quanto do meu trabalho.

Mas, apesar de tudo, estou feliz, tanto com a volta às aulas quanto à conquista deste trabalho.

Então é isso... vamos lá: mãos à obra!