quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Quem não se comunica, se trumbica!!!"

(Famoso bordão de Abelardo Barbosa, o Chacrinha)

A importância da internet na divulgação de material artístico

Nessa unidade da disciplina Tecnologias Contemporâneas na Escola nós estamos refletindo sobre a importância de divulgar material artístico pela Internet. Sem dúvida, a internet mudou a maneira de nos comunicarmos, existe agora toda uma dinâmica que só é possível por causa desse veículo: democrático, cheio de possibilidades, altamente tecnológico e, ao mesmo tempo, muito simples.

Sim, pois hoje em dia, para se fazer um site não é necessário conhecer a linguagem HTML, não é preciso saber manipular imagens, enfim, há mecanismos que automatizaram todas as etapas da publicação de um site ou blog, editores de HTML cujas interfaces são facílimas de utilizar, editores gráficos descomplicados, hospedagem gratuita, meios de divulgação também gratuitos, conexão em banda larga, enfim, para estar na internet, basta querer... nem possuir o próprio PC é preciso, pois hoje existem inúmeras lanhouses, aonde é possível acessar a internet com tarifas bastante módicas e inclusive serviços gratuitos que oferecem essa conexão.

Quando eu tive meus primeiros contatos com a Internet, no início dos anos 90, a situação era bem outra. Só havia conexão discada, todo o material era escrito em inglês (tutoriais, software, etc.), felizmente eu sou fluente nesse idioma, porém, esse era um fator que limitava bastante o acesso de novos usuários no Brasil. Na época havia, em São Paulo, apenas um ou dois provedores de acesso, que nem sei se existem mais – o meu era BR Home Shopping. Meu primeiro site, hospedado no Geocities (que hoje pertence ao Yahoo), foi feito no Bloco de Notas do Windows, a duras penas, tag por tag. Para fazê-lo, tive de ler um livro de programação em linguagem HTML inteiro!

Porém, tudo isso é passado: hoje, com um punhado de cliques você sai com um site prontinho. Hoje, há uma infinidade de facilidades e o conteúdo aumentou e se diversificou. É bem verdade que toda essa democracia e facilidade em divulgar algo na rede funciona tanto para o bem quanto para o mal, depende das intenções de quem comunica e do que comunica. Mas, também não é exatamente assim aqui fora, no dito “mundo real”?

Com relação às artes, então, as possibilidades são enormes: você pode publicar um livro sem precisar de um editor, exibir um filme sem ter um canal de TV ou uma sala de exibição para o veicular, divulgar uma música e até mesmo um CD inteiro sem precisar de uma gravadora ou de uma estação de rádio para tocar essas músicas e, é claro, poderá expor um quadro ou qualquer tipo de trabalho de artes visuais sem precisar de uma galeria para abrigar as suas obras. Basta isso: elaborar um site, hospedá-lo gratuitamente e divulgá-lo, o que também pode ser feito sem qualquer custo, conforme mencionado anteriormente.

Assim, quando nos foi dada a tarefa de fazer uma inserção no blog acerca dos temas que estamos estudando nessa unidade eu fiquei bastante indecisa, pois há tanto o que se falar sobre a informação artística na rede. Mas, coincidentemente, no último sábado (14/06), assistindo ao Programa Altas Horas, me deparei com a banda Fresno. Trata-se de uma banda que tem feito enorme sucesso e que começou a sua carreira de forma independente, tendo como principal meio de divulgação a internet. Segundo a minha filha Vicky (14 anos), a Fresno já foi uma banda Emo [1], mas agora está mais para um estilo Pop Rock [2]. Deve ser isso mesmo, inclusive segundo informações que colhi no site oficial: (...) “Nessa highway, o prêmio de banda revelação na MTV, em 2007, as 30 mil cópias vendidas de maneira independente – de seus três primeiros álbuns – e os mais de 20 estados percorridos pelo Brasil cristalizaram a tendência da banda para ser um fenômeno da atual geração. Dos milhões de downloads via internet desde 2003, o grupo conduzido pela voz de Lucas Silveira entendeu a responsabilidade que cabia a ele: era necessário sair de vez do saco hardcore melódico (chamado por alguns de emo) que foi colocado quando estourou em 2006, com o álbum Ciano”. (...)

Bem, devo admitir que o repertório da Fresno não é o meu estilo musical, afinal, nem poderia, pois tenho 43 anos de idade e toda essa coisa Emo, Indie [3], etc., é para uma faixa etária bem diferente da minha, ou seja, mais indicado para a minha filha adolescente mesmo (rs), porém, me chamou a atenção o fato de a banda ter utilizado a rede como o principal canal para a divulgação de seu trabalho e hoje é um tremendo sucesso.


Não obstante estar ou não de acordo com o meu gosto musical, acho importante valorizar o trabalho dessa moçada que batalhou da maneira que estava ao seu alcance para divulgar o seu trabalho artpistico: panfletando em porta de colégio, divulgando na internet, gravando o primeiro CD no quarto de um dos integrantes, enfim, batalhando, mesmo. Outro aspecto que eu achei muito interessante foi o fato de, no Altas Horas, eles terem tocado uma música popularíssima, dos sertanejos Chitãozinho e Xororó, que ficou bem interessante, numa releitura pop rock – achei surpreendente uma banda de meninos tocarem mpusica sertaneja com tanto despreendimento. Outra coisa que me surpreendeu foi a revelção do baterista que disse que um dos seus maiores sonhos é tocar com o Fábio Jr. Quem diria! É isso aí, na arte tudo pode acontecer, iclusive esses diálogos inusitados entre linguagens de artistas jovens e maduros, estilos competamente diferentes, mas que dão um samba bem legal quando são misturados!

Para finalizar, vamos falar um pouco mais sobre a história da banda Fresno, que alcançou notoriedade sem nenhum apoio das mídias tradicionais:

Histórico da banda:


“Amigos de colégio, Lucas (guitarra e vocal), Gustavo (guitarra), Pedro (bateria) e Leandro (vocal) tiveram a idéia de montar uma banda em novembro de 1999, quando estavam no fim do segundo ano do ensino médio. Após uma reunião do grêmio estudantil do qual os quatro faziam parte, decidiram que a proposta inicial que seria fazer versões punk de canções consagradas, apenas por diversão. Em 4 de dezembro de 1999, aconteceu na casa do Pedro o primeiro ensaio, e essa é tida como a data oficial da formação da banda. (...) A esta altura eles se chamavam Democratas, e começavam a surgir suas primeiras composições próprias, influenciadas principalmente pelo hardcore californiano. Essas canções se espalharam pela Internet em versões acústicas e logo começaram a chamar atenção. (...) Em 2003, a banda voltou para o estúdio e gravou o álbum independente Quarto dos Livros (...) O reconhecimento desse álbum no meio independente levou a banda a fazer turnês por diversos estados brasileiros, sem nenhum tipo de apoio da mídia tradicional. (...)Para o álbum Redenção a Fresno abraçou o pop, deixando um pouco de lado o hardcore”.

Formação atual:

Lucas "Paraíba" Silveira - vocal e guitarra
Gustavo "Vavo" Mantovani - guitarra
Rodrigo Esteban "Tavares" - baixo e backing vocal
Robrigo Ruschell "Bell" - baterista

Discografia:



O Acaso do Erro (2001) (demo)
Quarto dos Livros (Sweet Salt) - 2003
O Rio, A Cidade, A Árvore (RCT) - 2004
Ciano (Terapia Records) - 2006
MTV Ao Vivo 5 Bandas de Rock - 2007 (ao vivo)
Redenção (Universal) - 2008

Fontes de pesquisa:

Site oficial da banda Fresno

Wikipédia

Notas:

[1] Emo: (abreviação do inglês emotional) é um gênero de música derivado do Hardcore. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington, DC que compunham num lirismo mais emotivo que o habitual. No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos,Trajes Listrados, Mad Rats, Cabelos Coloridos e franjas caídas sobre os olhos. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Emo)

[2] Pop Rock: O Pop rock é uma variação do estilo musical conhecido como rock, num estilo popular, com atitudes mais calmas, próximo ao estilo comum de música pop.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pop_rock)

[3] Indie Rock: (ou rock independente em inglês) é um estilo musical que caracteriza bandas que não são lançadas por grandes gravadoras, porém o grande sucesso de algum desses grupos os lançaram diretamente para gravadoras de grande porte, embora o som na maioria dos casos, não perca a identidade, fazendo com que tais bandas, mesmo com o sucesso de público e grande repercussão na mídia, sejam consideradas bandas alternativas. (fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indie_rock)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Surfando na onda do software livre

A disciplina Tecnologias Contemporâneas na Escola-1 fez um tremendo gol quando, na Unidade III, incluiu o software gráfico livre GIMP entre os downloads necessários para uma das tarefas propostas.

Eu não conhecia esse software e, devo admitir, fiquei muito impressionada com ele: tem uma interface amigável, vários recursos e é infinitamente mais fácil de manipular do que o Photoshop, por exemplo. Aliás, esse último sempre me frustrou, pois nunca consegui fazer absolutamente nada nele e no GIMP, ao contrário, com algumas providenciais vídeo-aulas para iniciantes, pude fazer diversos trabalhos até bem interessantes, pelo menos para uma novata como eu.

Esse começo de namoro simplesmente não tem preço para uma estudante de Artes Visuais, como eu, que não tem o menor talento para desenhar utilizando os métodos tradicionais e, principalmente, os suportes tradicionais (tela, papel, etc.). Pois então, que seja muito bem-vindo o GIMP na minha vida! :D

Como gostei da brincadeira, tenho pesquisado bastante e tenho algumas dicas para dar para quem quiser surfar na onda livre do GIMP. Sim, digo isso porque, além de tudo, trata-se de um software livre. Para quem não sabe muito bem que “trem” é esse, vamos dar aqui uma rápida pincelada sobre o assunto...

O que é software livre?

Um software livre é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição e cujo código fonte está disponível para que qualquer usuário com conhecimentos de programação possa intervir no programa, desde que, ao aprimorá-lo, o programador mantenha o programa disponível a todos, com as mesmas liberdades de uso e manipulação garantidas.

Esse conceito foi criado em 1983, quando Richard Stallman iniciou o projeto GNU e, posteriormente fundou a FSF - Free Software Foundation (Fundação do Programa Computacional Livre – tradução minha), em outubro de 1985.

Existem dois movimentos, ou vertentes, que defendem o software livre, porém, com intenções bastante distintas: o Movimento do Software Livre, é um movimento social, defende que o aprisionamento do conhecimento científico não é ético, pois este deve estar sempre disponível, permitindo, dessa maneira, a evolução da humanidade. Já o Movimento pelo Código Aberto, é mais voltado ao mercado e prega que o software livre traz diversas vantagens técnicas e econômicas, este movimento surgiu para levar as empresas a adotarem o modelo de desenvolvimento de software livre.

Aqui vão alguns links para sites que discutem vários aspectos sobre esse tema:

Portal Software Livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Software_Livre

Associação SoftwareLivre.org: http://associacao.softwarelivre.org/

SW Livre, vantagens e desvantagens (artigo especial da revista Info, com diversas informações): http://www.abril.com.br/software_livre/


O editor de imagens GIMP


O GIMP é um software livre, um editor de imagens bitmap (programa para criação e edição de imagens de bitmap) que também suporta formatos de imagem vetorial. Este foi provavelmente o primeiro grande projeto de código aberto para usuários finais, pois, antes dele, outros projetos como o GCC (conjunto de compiladores de linguagem de programação), o Kernel Linux (sistema operacional), entre outros, eram majoritariamente ferramentas desenvolvidas de programadores para programadores.

O desenvolvimento do GIMP provou que projetos livres e de código aberto poderiam criar programas para serem usados por leigos, abrindo as portas para o desenvolvimento de outros projetos importantes, como o Mozilla (suite de aplicativos para a internet) e o OpenOffice (suite de aplicativos para escritório), além de vários outros que se seguiram a estes.

Outra facilidade é que, além de podermos baixar esse excelente programa gráfico – o GIMP - gratuitamente, com pouquíssimo esforço ainda temos acesso a toda uma rede de suporte se coloca disponível na internet aos usuários de qualquer nível: iniciante, intermediário ou avançado. São tutoriais, cursos em vídeo, fóruns para a discussão do programa, bem como para tirar dúvidas, enfim, informação online é o que não falta!

Eu, particularmente, filiei-me aos sites http://www.gimp.com.br/ e http://www.ogimp.com.br/ , fiz algumas perguntas e fui imediatamente atendida, sanando as dúvidas que coloquei nos fóruns sem qualquer dificuldade ou gasto!

Assim, para quem, como eu, está gostando da experiência de utilização do GIMP ou se interessou e resolveu baixar o programa, recomendo a filiação nesses fóruns, pois eles trazem informações muito úteis, além de serem mais pontos de encontro para travar novos conhecimentos no ciberespaço.

Vai aqui uma lista de downloads espertos de ótimos programas computacionais livres e gratuitos, para baixá-los é só seguir os links abaixo:

GIMP – versão do software com interface em português

MOZILLA/FIREFOX - versão da suíte com interface em português

OPEN OFFICE - versão da suíte com interface em português

KURUMIN LINUX – versão do sistema operacional com interface em português


Um abraço,
Suzy