sábado, 24 de maio de 2008

Educador Multitarefa - versão 2.10




A umas das propostas para a elaboração da Tarefa 5 (Unidade II) é a postagem e análise de uma imagem produzida por um artista que reflita imageticamente os assuntos da unidade. Pois bem, eu escolhi a ilustração acima.

Essa imagem traduz, para mim, a multiplicidade não só de tarefas a serem desenvolvidas simultaneamente no mundo moderno, mas, também, a multiplicidade de assuntos com os quais precisamos lidar hoje em dia.

Especialmente quando reflito sobre o educador: sob o meu ponto de vista, um Educador completo não pode ser um especialista ou, pelo menos, não apenas um especialista, um profissional que restrinja seus conhecimentos a uma única disciplina, aquela que leciona. Sim, porque ser um educador é apoiar a formação dos alunos em vários aspectos, pois a escola não tem apenas a função de atuar na formação intelectual do indivíduo, sua atuação também deve contemplar a sua formação sócio-cultural e profissional.

Visto sob esse ângulo, o educador tem, portanto, uma enorme responsabilidade e deve estar preparado para tanto. Porém, esse preparo requer uma multiplicidade de saberes, uma incessante reciclagem profissional, um comprometimento muito grande com o ofício de ensinar. O educador tem de estudar sempre, tem de não apenas contemplar a questão da interdisciplinaridade, mas inseri-la na sua prática, no seu cotidiano docente. E, para que saiba como fazê-lo, precisa ser um generalista, um profissional bem informado, como dizem os alunos: “um cara antenado”.

Essa unidade da disciplina nos convida a debater assuntos tais como: “A Escola do Futuro”, “Novas Tecnologias na Escola”, “Transformação Social”, todos os tópicos trazendo à baila a questão da tecnologia a serviço da educação (ou a possibilidade de). Está claro que, com o advento da internet e das TIC (tecnologias da informação e comunicação) houve uma mudança profunda e irreversível na relação do mundo com a informação e isso, é claro, é de um valor inestimável ao processo educacional, que, afinal, é baseado na informação.

Porém, para que o educador possa se utilizar das benesses das novas tecnologias na sua prática docente é necessário que: tenha domínio (ou, pelo menos, um bom conhecimento operacional) das ferramentas para que saiba onde e como acessar as informações que irá disseminar entre seus alunos; que tais ferramentas estejam acessíveis, não apenas ao educador, mas, principalmente, aos alunos, para que estes também possam fazer uso desses mesmos recursos de forma independente, para que tenham autonomia e não se restrinjam a fazer uso deles apenas sob a tutela do educador; que o educador saiba como identificar e entrelaçar as várias abordagens de um mesmo assunto a fim de mostrar ao aluno, na prática, a questão da interdisciplinaridade e de como o aprofundamento dessas variantes pode ser enriquecedor para o seu processo de aprendizagem.

Enfim, é muito interessante imaginarmos o quanto a tecnologia pode beneficiar o processo de ensino-aprendizagem, devido ao seu alcance e às inúmeras possibilidades que ela oferece, porém, é preciso também que se olhe para a formação do educador e para a infra-estrutura de que ele dispõe, ou seja, das suas condições de trabalho, para que esse exercício de imaginação possa traduzir-se em realidade na educação brasileira.

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