segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Atividade 6 - Fotonovela


Proposta da atividade

Na unidade anterior nós exercitamos a análise crítica das novelas e nos expressamos artisticamente manipulando imagens televisivas. Nesta unidade vamos continuar trabalhando com a linguagem da televisão produzindo uma fotonovela.

A fotonovela foi um tipo de publicação muito comum em décadas passadas quando a teledramartugia ainda não era consumida maciçamente pelos brasileiros. A fotonovela consiste basicamente em uma publicação com fotografias de cenas de uma dramaturgia, com textos que narravam as falas das personagens, bem similar à linguagem das Histórias em Quadrinhos. É uma forma de arte seqüencial que conjuga texto e imagens, com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas. Assim como as telenovelas, algumas fotonovelas são divididas em capítulos que, geralmente, têm um desfecho próprio, para dar a sensação de suspense e curiosidade ao leitor que certamente ficará tentado a comprar a continuação.

Memorial Descritivo da Fotonovela: Caminho do Polo

Nosso grupo - o ArteFato - foi formado por 6 alunos da turma ArV2: André Montanari, Carolina Antonio, Eleni Souza, Monique Gregianin, Suzy Nobre e Zacarias de Almeida. Além disso, contamos com a participação de Vanessa Gregianin e Anderson Stavski, que não são alunos da UnB.

Para contextualizar o nosso trabalho com os temas abordados nessa disciplina, nós decidimos fazer uma paródia da telenovela "Caminho das Índias", e chamamos a nossa fotonovela de "Caminho do Pólo". Aproveitamos essa contextualização e incluímos na história a nossa própria realidade de estudantes do EaD. Ela conta a história de uma menina de família tradicional indiana que deseja fazer um curso superior, mas é desestimulada pela família que entende que o lugar de uma mulher é em casa, cuidando do marido e dos filhos e que, para tanto, ela não precisa de instrução formal, e sim de entender e acatar os costumes de sua cultura. Entretanto, ela consegue burlar essa proibição se matriculando num curso superior a distância, dessa maneira, ela pode cursar uma Universidade sem que a família se dê conta, porque as aulas são ministradas em ambiente virtual. Porém, o irmão mais velho descobre essa manobra e daí acontecem os desdobramentos até o final da trama - feliz, é claro, como convém a uma fotonovela!

A história se passa na região do Itapetiningastão e as personagens são: a família Banananda formada por Lashanty (filha mais nova), Opaxééé (pai - que recebeu esse nome em alusão a uma expressão muito usada em Itapetininga, o "xééé"), Kaipindira (mãe), Ruyn Dadi (avó), Amthapad (irmão mais velho), Rasgaj (irmão do meio), Malárya e Shaturia (cunhadas que são mencionadas, mas não aparecem nas imagens), além do Noivo de Lashanty, e dos tutores do curso que são Indiara (uma homenagem à nossa tutora a distância do bimestre passado, a Andiara) e Sha Pandit.


ELENCO:

Anderson como Rasgaj e noivo de Lashanty

André como Amthapad

Carol como Tutora Indiara

Eleni como Lashanty

Monique como Ruyn Dadi

Shiva como Lord Shiva

Suzy como Opaxééé

Vanessa como Kaipindira

Zacarias como Sha Pandit


Foi muito prazerosa essa atividade, demos muitas risadas durante a produção, pois nos caracterizamos como indianos (estilizados, evidentemente). Pesquisamos as expressões usadas na novela, oriundas do idioma hindi, fotografamos em locações diferentes (em casa, em várias áreas do pólo). A criação dos diálogos foi trabalhosa, mas ficamos muito satisfeitos com os resultados, pois conseguimos aliar o humor às mensagens que queríamos passar no folhetim. Dois integrantes que estão bem familiarizados com o tratamento de imagens no Photoshop (André e Carol) fizeram um ótimo trabalho. Enfim, consideramos que o resultado final dessa atividade foi muito bom!

Você poderá visualizar e/ou fazer o download dessa fotonovela nesse site. Se decidir baixar o arquivo, gravado com a extensão PDF, precisará do Adobe Acrobat Reader instalado em seu computador para abri-lo. Aqui você faz o download gratuito do programa.


Chukriá!

ATIVIDADE 5 – ASSISTINDO PROGRAMAS DE HUMOR



A proposta dessa atividade é uma análise dos episódios de um programa de humor exibido nas duas últimas semanas. O que eu escolhi chama-se Casseta & Planeta, Urgente! e é exibido pela Rede Globo às terças-feiras no horário das 22:00 hs.


O Casseta & Planeta tem uma longa história que começa em 1978 com um grupo de amigos de faculdade (UFRJ) - Beto Silva, Helio de la Peña e Marcelo Madureira - que inauguram a fanzine de humor Casseta Popular. Mais tarde eles se juntam com outro grupo criativo carioca, formado por Reinaldo, Hubert e Cláudio Paiva, ex-redatores do Pasquim, responsáveis pelo tablóide mensal O Planeta Diário. De lá para cá, o grupo lançou dois longa-metragens: Casseta & Planeta: A Taça do Mundo é Nossa (2003) e Seus problemas acabaram! (2006).



Integrantes do grupo:



Reinaldo

Helio de la Peña

Claudio Manoel

Beto Silva

Marcelo Madureira

Hubert

Maria Paula (substitui Kátia Maranhão desde 1994)

Bussunda (falecido em 2006)


Este humorístico faz o gênero comédia rasgada: seu enredo é “politicamente incorreto”, usa e abusa de piadas sobre minorias, como os homossexuais, nacionalidades (portugueses, judeus, argentinos) mulheres (especialmente as loiras), negros, gaúchos, baianos, bêbados, enfim, fazem piadas de tudo e de todos, mas são os políticos e as celebridades os que mais ganham destaque nas sátiras da trupe.


O programa se destina ao público adulto, porém, também é muito assistido por adolescentes e crianças na maioria das casas. Os principais temas abordados são:


  • Paródias sobre programas e telenovelas da Rede Globo, em especial a novela das nove
  • Sátira sobre a vida das celebridades
  • Crítica sobre acontecimentos políticos da semana, escândalos
  • Quadros fixos, como o do Seu Creysson, o Cafofo do Obama, Guerreiro Bombeiro, Fucker and Sucker, MC Ferrow e MC Deumal, Acarajette Lovve, etc.



A caracterização das personagens depende da sátira que o quadro pretende fazer: Acarajetti Lovve (na foto com a cantora Daniela Mercury), por exemplo, é a caricatura de uma cantora de Axé, portanto, seu figurino segue a linha das vestimentas típicas das cantoras de trios elétricos: vestidos curtos, com brilho, botas de cano alto, etc. Outros personagens, como o Ozama Bin Ladin é uma caricatura do terrorista

Osama Bin Laden, por isso, seu figurino é uma vestimenta árabe estilizada, e assim por diante.





O programa é bastante divertido, entretanto, algumas piadas chegam a esbarrar no mau gosto, algumas colocações têm uma boa dose de machismo, o que também chega a incomodar um pouco, porém, no geral, é um humorístico bastante engraçado e que certamente caiu no gosto dos telespectadores brasileiros, ou não seria tão longevo.


A influência do Casseta & Planeta é sentida no cotidiano, quando são repetidos os bordões da trupe, ou certas características mais marcantes, como a fala do personagem Seu Creysson, por exemplo, muito imitada pelos telespectadores, porém, a sua influência é limitada, posto que as pessoas assistem aos programas humorísticos sem qualquer compromisso com a reflexão: fazem-no pelo entretenimento e mais nada.



Seria interessante, porém, observarmos o que está por trás de muitas piadas, a mensagem das paródias, a ironia empregada em certos momentos, pois o que na verdade está se fazendo é uma crítica aos acontecimentos cotidianos: escândalos políticos, indiscrições de celebridades, práticas duvidosas, situações preconceituosas, etc.


Se eu pudesse mudar alguma coisa no programa, certamente reformularia a sua dinâmica, pois acredito que a receita, embora evidentemente bem-sucedida, já esteja um pouco desgastada.



Todas as imagens foram retiradas do site: http://casseta.globo.com/

Atividade 4 - Resenha do filme "O Show de Truman"


O filme proposto para essa Unidade, O Show de Truman (The Truman Show, 1988), foi estrelado por Jim Carrey no papel de Truman Burbank, e conta no elenco com Ed Harris (Christof) e Laura Linney (Meryl). A direção é de Peter Weir.


As principais personagens são:


Truman Burbank (Jim Carrey)

Christof (Ed Harris)

Meryl (Laura Linney)

Marlon (Noah Emmerich)

Lauren Garland / Sylvia (Natascha McElhone)

Mãe de Truman (Holland Taylor)

Pai de Truman (Brian Delate)

Lawrence (Peter Krause)

Vivien (Heidi Schanz)

Ron (Ron Taylor)

Don (Don Taylor)

Diretor da Sala de Controle (Paul Giamatti)

Executivo (Philip Baker Hall)


A trama gira em torno da Truman Burbank, uma pessoa que nasceu, cresceu e vive num reality show: onde câmeras acompanham a sua vida durante as 24 horas do dia. A cidade onde vive é cenográfica, as pessoas com as quais convive são atores e atrizes, ele, porém, desconhece toda essa dinâmica, não tem a menor idéia de que é a estrela de um programa de TV.


Truman é um pacato corretor de seguros, casado, vive uma vida tranqüila e rotineira: toma cervejas com um amigo de infância, compra revistas para a esposa, cumprimenta os seus vivinhos sempre da mesma forma: “caso não os veja de novo, tenham uma boa tarde e uma boa noite”; enfim, tem uma existência sem maiores sobressaltos. Nunca saiu de sua cidade (que ele imagina ser uma cidade, mas que, na verdade, é uma grande redoma onde tudo é artificial: o dia, a noite, o mar, a chuva, etc.). Para impedir que Truman tivesse ímpetos de deixar a “cidade”, foi planejado pelo diretor da série a simulação de um acidente marítimo que teria tirado a vida do pai de Truman. Dessa maneira, ele teria receio de utilizar um barco para velejar e, conseqüentemente, esbarrar com as delimitações do estúdio.



O reality é amplamente assistido, muitas pessoas acompanham o programa durante 30 anos ininterruptos. Algumas dessas pessoas têm verdadeira compulsão por ele, discutem o show, se emocionam, consomem produtos da série, se envolvem realmente com a personagem, porém, sem ter uma visão crítica sobre a situação de uma pessoa cuja vida é uma farsa motivada apenas por questões de lucro, audiência, marketing.


Porém, um dia as coisas saíram do controle estrito que o criador do programa – Christof – detinha: o ator que fez a personagem do pai de Truman resolve voltar à cidade-estúdio para se promover num show de grande audiência. O pessoal da produção se dá conta disso e tenta retirar o ator do estúdio, porém, Truman acaba vendo o “pai” que estava morto havia muitos anos. No frenesi de chegar perto dele, acaba entrando num prédio onde não costumava entrar naquele horário e encontra uma equipe de produção almoçando por trás dos cenários. A partir desse episódio, uma série de acontecimentos, como a queda de um holofote do “céu”, fazem com que Truman vá se dando conta de as coisas à sua volta não são bem aquilo que aparentam ser.



Além disso, uma atriz (Sylvia) entra para o show e decide tentar alertar Truman para a sua condição de “cobaia” de um reality show, mas é expulsa do programa. Mas, desde a sua saída de seu convívio, Truman amadurece um desejo de reencontrá-la, e lhes são despertados também o desejo de viajar, de conhecer outros lugares. A situação vai num crescendo até que Truman finalmente domina os seus medos e resolve velejar para encontrar Sylvia e, de uma certa maneira, a sua liberdade. Enfrenta uma tempestade terrível (criada pela produção do programa) e chega ao final encontrando uma parede, o limite do estúdio. Finalmente, Christof, seu “criador” trava com ele um breve diálogo acompanhado com sofreguidão por milhares de telespectadores que esperam pelo desfecho do confronto: irá Truman sair da vida que conhece para enfrentar o mundo lá fora ou se dobrará à vontade da mídia? Entrtanto, Truman não cede à tentativa de persuasão do diretor e se despede dele – e, simbolicamente, de todo o público – com uma reverência e o seu popular jargão: “Caso não os veja de novo, tenham uma boa tarde e uma boa noite!”, levando ao frenesi todos aqueles que assistiam àquele capítulo.


Esse filme traz uma mensagem bastante significativa sobre o poder exercido pelos meios de comunicação de massa, em especial a televisão, e os perigos da manipulação aí implícita. O enredo mostra até que ponto poderia chegar um grupo de pessoas em favor de interesses econômicos tais como a audiência de uma emissora, a venda de produtos, ou mesmo a manutenção da vaidade de um produtor de TV que, para ser original, chega ao cúmulo de “criar” uma personagem de TV privando um ser humano de uma vida normal, exibindo-o como um animal de circo totalmente à sua revelia.



É também interessante analisar a história pelo ângulo do telespectador que, embora saiba da condição de Truman, não faz uma crítica moral dessa situação: ninguém se mobiliza para intervir na farsa, para livrar o homem da manipulação total de sua vida. Os telespectadores consomem os produtos do programa, acompanham seus capítulos avidamente, porém, não vêem Truman como um par, e sim como uma marionete cuja existência tem como único propósito o seu entretenimento.


Se analisarmos com frieza, chegaremos à conclusão de que é exatamente isso mesmo o que acontece: em maior ou menor escala, nos alimentamos das mazelas alheias, consumimos imagens de tiroteios, discutimos casos como o da “menina Isabela”, ou do “maníaco do parque” e tantos outros acontecimentos que a mídia tão avidamente lança para dentro de nossas casas e nós, tão avidamente quanto, permitimos essa entrada porque queremos saber, ver, espiar.


Mas, enquanto isso, nós avaliamos realmente às custas do que aquelas imagens estão sendo incessantemente repetidas? Avaliamos até que ponto vai o sofrimento das pessoas cujas vidas foram irremediavelmente afetadas por aqueles acontecimentos que, para nós, serão esquecidos assim que a próxima imagem sensacionalista ocupar a telinha da nossa TV? Provavelmente, não.


Como diriam os americanos: “Sad, but true”.


NOTAS:


1. Esta resenha foi apresentada à disciplina Tecnologias Contemporâneas na Escola-3.

2. Todas as imagens do filme foram retiradas do site: www.thetrumanshow.com

domingo, 23 de agosto de 2009

Atividade 3 - Recriando Imagens Televisivas

Proposta da atividade:


Para a Atividade 2 foram pesquisadas imagens sobre cenas dos programas da TV brasileira. Fazer intervenções gráficas nas imagens para expressar visualmente as opiniões e reflexões feitas nas discussões do fórum.

Memorial descritivo:

Para a Atividade 2, eu escolhi resenhar sobre a novela "Caminho das Índias", porém, nessa atividade, ao invés de fazer o meu trabalho em cima de imagens dessa novela, eu preferi seguir na linha da charge e adaptei uma (tema original: impostos x programas assistenciais) ao tema da Unidade.

Essa é a minha crítica ao poder público, que faz toda uma legislação
[1] e [2] na qual está explícita qual deve ser a vocação das emissoras de rádio e TV no Brasil, mas que não se importa em garantir que tal vocação seja realmente respeitada:

O controle da comunicação de massa pertence a um grupo pequeno de privilegiados que age mais em função dos próprios interesses do que dos interesses públicos, contrariando o que dispõe o artigo 220, parágrafo 5, da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988 (Brasil, 1988).

A mesma Constituição, em seu artigo 221, e o artigo 3 da legislação da radiofusão Brasileira (Decreto nº 52.795/63, apud Duarte, 1990), estabelecem o caráter educacional da produção e programação desse serviço, assinalando que as finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas são prioritárias às finalidades de divertimento, propaganda e publicidade. (PORTO, 2000)

É também algo para se pensar: entre os abertos e os da TV a cabo são inúmeros os canais, porém, apesar dessa profusão, o que realmente acaba chegando de aproveitável às nossas casas é uma parcela ínfima de toda essa programação!


Fonte da charge original: http://ciceroart.blogspot.com/2009/06/vantagem-para-quem.html


Notas:

[1] Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988: artigo 220, parágrafo 5 e artigo 221, parágrafo 3; Legislação de Radiofusão Brasileira (decreto nº 52.795/63)

[2] Art. 1º(20) - Os serviços de radiodifusão, compreendendo a transmissão de sons (radiodifusão sonora) e a transmissão de sons e imagens (televisão), a serem direta e livremente recebidas pelo público em geral, obedecerão aos preceitos da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, do Decreto nº 52.026, de 20 de maio de 1963, deste Regulamento e das Normas baixadas pelo Ministério das Comunicações, observando, quanto à outorga para execução desses serviços, as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Bibliografia:


_____PORTO, Teresa Maria Esperon. A Mídia Televísica, o Adolescente e a Escola Pública. In: A televisão na escola... afinal, que pedagogia é esta?


Este é um Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola-3.

sábado, 22 de agosto de 2009

Atividade 2 - Assistindo Novelas


www.google.images.com



A novela sobre a qual eu vou resenhar chama-se “Caminho das Índias” e é exibida pela Rede Globo no horário das 21:00 hs. Seu enredo apresenta situações vividas por dois núcleos: o brasileiro e o indiano. A proposta é uma análise dos capítulos das duas últimas semanas.


http://audienciadatv.files.wordpress.com/2009/01/caminho_das_indias_1.jpg

No núcleo brasileiro, os principais temas são a esquizofrenia de Tarso, o filho de um importante empresário e de uma socialite: os pais se recusam a providenciar um tratamento médico adequado para o filho por temerem que, admitindo sua doença, o rapaz fique estigmatizado como louco para o resto da vida. Noutra vertente, a trama gira em torno das conseqüências sofridas por um casal e um empresário, vítimas de golpes dados por uma psicopata e seu cúmplice: o empresário teve a sua fortuna roubada pela mulher (Ivone) e o casal está sendo chantageado pelo homem (Mike) que quer R$ 500 mil para não divulgar um filme de seu encontro amoroso com a esposa do executivo.

No núcleo indiano, a trama gira em torno de duas cunhadas que fazem parte de uma família indiana muito tradicional e apegada aos costumes (especialmente no que diz respeito à questão das castas sociais). Uma delas, Surya, está simulando uma gravidez porque se sente pressionada para ter um filho, a outra Maya, tem um menino, porém, esconde o fato dele não ser filho de seu marido e sim de um ex-namorado, um rapaz sem casta odiado por toda a família de seu marido. As cunhadas descobrem uma o segredo da outra e ambas se sentem ameaçadas de serem desmascaradas.

A novela se destina aos jovens e adultos, mas, como é de costume no Brasil, certamente é assistida também pelas crianças na maioria das casas. Os principais temas abordados são:
  • O preconceito da sociedade contra os doentes mentais

  • O comportamento dos psicopatas e os perigos que eles oferecem aos outros

  • A questão do tradicionalismo (sociedade de castas indiana) X a diversidade

  • A submissão da mulher persistente em algumas culturas

  • O conflito entre as diferentes culturas (brasileira X indiana)

  • As relações afetivas, a traição e as conseqüências das mentiras nela implícitas

  • A delinqüência de jovens de classe média alta

    Os conceitos são passados para o público ora de forma clara (ex: o homem de casta, apesar de totalmente apegado aos costumes, não se priva, entretanto, de ser justo com uma família sem casta quando o seu próprio filho incendeia a casa destes), ou de forma subliminar (ex: o adolescente estilo “pitt-boy” que agride pessoas nas ruas e na escola e tem o seu comportamento justificado pelos pais como “brincadeiras de menino”).

    A caracterização é principalmente sentida no núcleo indiano: vestes, jóias, ambientes (decoração dos cenários, etc.) são os mais característicos possíveis. Os atores e atrizes, evidentemente, seguem o padrão de beleza das telenovelas brasileiras, principalmente os principais: homens e mulheres jovens, belos e com corpos esculturais. Até os atores mais velhos seguem esses padrões de estética.

    O merchandising existe, os produtos mais expostos são os do Banco Itaú e da Natura, quase que diariamente. Durante os comerciais da novela são veiculadas propagandas diversas, por ser o chamado “horário nobre” são principalmente as de produtos com abrangência nacional (comerciais de grandes bancos, montadoras de carros, grandes lojas de departamentos, etc.). São geralmente produtos destinados aos adultos. A relação ideológica entre a novela e os produtos vendidos na propaganda é a costumeira: produtos que dão uma conotação de serem feitos para uma elite: pessoas bem-sucedidas, belas, desejáveis, como aquelas vistas na novela.

    O impacto da novela é grande, haja vista que começou a ser veiculada no dia 19/01/2009 e ainda não dá sinais de término. Isso indica que o índice de audiência é alto, caso contrário sua duração seria abreviada. Seu impacto também pode ser sentido à medida que os bordões vêm sendo imitados, as palavras retiradas do idioma estrangeiro e faladas diariamente pelos atores são repetidas nas conversas dos espectadores (no trabalho, na escola, na vizinhança, etc.), o vestuário e os acessórios em estilo indiano estão bem presentes nas lojas e nas ruas, as músicas da trilha sonora da novela, especialmente as indianas, fazem sucesso nas rádios.


http://images.google.com.br/images

Se eu pudesse reescrever a novela, provavelmente não mudaria nada, pois ela se presta muito bem aos seus propósitos de entretenimento e segue uma receita já consagrada pela novelista Glória Perez, que mistura tramas mirabolantes a um ingrediente que fascina o telespectador: o vislumbre de uma cultura estrangeira milenar, complexa e bem diferente da nossa.

Este é um trabalho acadêmico apresentado à disciplina TCE-3 (Tecnologias Contemporâneas na Escola-3).


Tudoaomesmotempoagora!


Bem, após um bom período sem fazer postagens no Diário de Bordo aqui estou eu novamente, fazendo deste um espaço de interação com as atividades do curso de Licenciatura em Artes Visuais pela UnB.

Nesse 4° semestre alguns novos desafios se apresentam: é chegada a hora do nosso primeiro estágio supervisionado.

Nesse meio tempo também tive algumas novidades na minha vida pessoal, que acabarão afetando de certa maneira a minha formação acadêmica: no dia 29 de julho tomei posse de um cargo público e agora sou funcionária do Estado de São Paulo.

Minha nova atividade profissional tem me absorvido muito, especialmente porque há todo um conteúdo a ser assimilado. O cargo envolve muitas responsabilidades e um grande volume de trabalho. São prazos, pressão, muitos detalhes para prestar atenção aliados à insegurança inerente a todo começo de atividade.

Além de tudo isso, começa um novo bimestre e somos confrontados com as demandas da faculdade - que são muitas e bem complexas - e uma preocupação em não deixar cair a qualidade da minha atuação tanto profissional quanto acadêmica.

Tarefa difícil, visto que o tempo se reduziu muito, pois, se antes eu podia me dedicar quase que exclusivamente à faculdade, hoje tenho que fazer malabarismos para atender às necessidades tanto do meu curso quanto do meu trabalho.

Mas, apesar de tudo, estou feliz, tanto com a volta às aulas quanto à conquista deste trabalho.

Então é isso... vamos lá: mãos à obra!




terça-feira, 1 de julho de 2008

Balanço geral: final de bimestre

Pois é, mais um bimestre que termina: outra etapa vencida nessa nossa longa caminhada rumo à Licenciatura em Artes Visuais!

Nesse bimestre cursamos as disciplinas Ateliê de Artes Visuais-1 (dedicado ao desenho), Tecnologias Contemporâneas na Escola-1 e História do Teatro-1. Minhas rápidas ponderações finais sobre estas disciplinas:

Ateliê (AAV1): foi uma grata surpresa, apresentou propostas interessantes, mesmo para aqueles que, como eu, não são especialmente talentosos para o desenho - para não dizer "aqueles que não desenham lhufas" (rs) - especialmente a partir da semana 5, quando passamos a utilizar o editor gráfico livre GIMP, sobre o qual já postei um artigo aqui. Os textos trabalhados também foram interessantes, alguns mais do que outros, mas, no geral, bons textos. Só lamentei o fato dessa disciplina ter sido ministrada integralmente online. Era de se esperar que houvesse pelo menos uma aula presencial semanal, mas não foi o que aconteceu. Uma pena, pois isso poderia ter enriquecido o nosso aprendizado e aproveitado melhor o espaço do pólo presencial, que é uma Universidade fantasma, um local muito bem estrtururado e completamente desperdiçado... mas, isso é assunto para um outro dia.

TCE1: foi também uma disciplina muito boa de se cursar, trouxe assuntos atuais à baila, incentivou algumas reflexões muito estimulantes, apesar de ter nos indicado, especialmente nas primeiras semanas, uma grande quantidade de textos longos, mas, na verdade, esse volume foi compensando pelo fato de cada unidade da disciplina ser composta por 2 semanas de trabalho, o que nos dava tempo suficiente para processar o conteúdo e dar conta das demandas das unidades.

Agora, HT1, sinceramente, ninguém mereceu! Simplesmente foi um martírio cursar essa disciplina, em todos os sentidos: o material indicado foi chatíssimo, basicamente composto por textos antigos, longuíssimos, de linguagem arcaica e rebuscada, difíceis de ler e que não prendiam absolutamente a atenção. A cada semana, uma avalanche de demandas era despejada sobre as nossas cabeças: fóruns com 3 ou 4 tópicos longuíssimos, elaboração de até 2 planos de aula por tarefa, leitura obrigatória de inúmeros textos teóricos e peças teatrais intermináveis, relatórios, fichamento, enfim: "you name it, they had it!". Resumindo: detestei! E me pergunto até agora como uma disciplina que no nosso Projeto Político Pedagógico aparece como "optativa", de repente se tornou obrigatória e o que é pior: a mais "cacete" do bimestre... vai saber!

Bom, mas se nem tudo são flores, algumas experiências do bimestre foram bem prazerosas. Como atividade final de TCE-1 tivemos de elaborar um site para divulgar os trabalhos que fizemos para o Ateliê de Artes Visuais: interferências em obras de grandes artistas clássicos, modernos e contemporâneos, com as ferramentas do editor GIMP.

O resultado, no meu caso, foi a criação da:

CiberNETica - Galeria de Arte Virtual



Esse site, como eu mencionei, é o resultado de um projeto proposto pela disciplina Tecnologias Contemporâneas na Escola-1, focado na importância da internet como veículo de comunicação, produção e divulgação de informação artística. Foi muito prazeroso fazê-lo e pretendo mantê-lo, inserindo outras informações e imagens de trabalhos que serão elaborados nos demais ateliês previsto para o curso de Artes Visuais.

Sem dúvida, a internet mudou a nossa relação com a comunicação, pois é um meio muito democrático. Com um site, você pode divulgar qualquer conteúdo e isso, é claro, funciona para o bem ou para o mal e, como tudo na vida, depende das intenções de quem se comunica e do que se está comunicando.

No caso das artes, as possibilidades são enormes: você pode publicar um livro sem precisar de um editor, um filme sem ter um canal de TV ou uma sala de exibição para para o veicular, uma música e até mesmo um CD inteiro sem precisar de uma gravadora ou de uma estação de rádio para tocar as suas músicas e, é claro, poderá expor um quadro ou qualquer tipo de trabalho de artes visuais sem precisar de uma galeria para abrigar as suas obras. Basta isso: elaborar um site, hospedá-lo gratuitamente e divulgá-lo, o que também pode ser feito sem qualquer custo.

E viva a liberdade de expressão!

Conto com a sua visita na CiberNETica e recomendo também a Fazendo Arte, galeria virtual da minha "patroa", a Nega, que, como eu, é aluna de Artes Visuais pela UnB. Casamento é isso aí, galera: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na divulgação e no link! (rs)

Um abraço,


Suzy