sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Arte, linguagem e códigos


Mas, afinal: "O que é Arte?"


Essa é uma pergunta clássica, e a resposta para ela não é uma receita de bolo. Porém, vamos aqui a uma das inúmeras definições:


“Usa-se a palavra ARTE para a linguagem simbólica em todas as suas variantes; a arte transmite conhecimento à sensibilidade humana, que não poderia ser transmitido de outra forma. As manifestações artísticas de um povo são transmitidas como um acervo por várias gerações e a Arte e a História estão, assim, intimamente ligadas”. (Fernando VIANA, Manual Didático de Pesquisas, p. 619).

Para mim, Arte é algo subjetivo. É uma criação da Humanidade para expressar visões, opiniões, sentimentos, de uma maneira palpável. O que, para mim, é uma obra de arte, para outra pessoa pode parecer ridículo. Nenhuma obra de arte é unanimidade. O artista não cria uma obra com a certeza de que sua mensagem será entendida, pelo menos da forma como ela a concebeu, porque o olhar de quem contempla pode interpretá-la de maneira muito diversa da sua, ou não. mais uma vez, não é uma receita de bolo!


É como diz a música "Rosas" de Ana Carolina: "de tantas mil maneiras que eu posso ser, estou certa que uma delas vai te agradar" - sempre haverá várias maneiras de uma pessoa se expressar por meio da arte.


Arte e linguagem


Sempre que a palavra linguagem vem à tona, é comum que as pessoas a associem à linguagem verbal (falada ou escrita), porém, a linguagem é bem mais ampla: compreende também símbolos, gestos, movimentos, expressões corporais e faciais, etc., pois de todas essas maneiras é possível se estabelecer um processo de comunicação entre emissores e receptores. A linguagem é, portanto, um processo comunicativo que nos permite interagir com os demais; esse processo é dinâmico e pode utilizar um ou vários tipos de códigos.

Os códigos são sinais ou signos convencionados por um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade inteira, que permitem a construção e transmissão de mensagens e seu conseqüente entendimento pelas demais pessoas que conhecem seus significados. Por exemplo: os idiomas são códigos formados por signos (palavras) e leis combinatórias (gramática), por meio dos quais as pessoas se comunicam; se um dos interlocutores não domina o código contido naquele idioma, essa comunicação se torna difícil, ou mesmo impossível. Assim, podemos concluir que quanto maior o domínio que temos de uma determinada linguagem, maior a possibilidade de uma comunicação eficiente.

Na Arte, verificamos em abundância as linguagens não verbais, tais como: a música, a dança, a mímica, a escultura, a pintura e a fotografia, cujos códigos utilizados para estabelecer a comunicação se apóiam em movimentos corporais, gestos, imagens, etc. Verificamos, também, as linguagens mistas utilizadas, por exemplo, nas histórias em quadrinhos – que combinam desenhos e texto – ou no teatro, que reúne texto, figurino, música, cenário, efeitos visuais, entre outros.

As novas tecnologias propiciaram o surgimento de novas linguagens, como a linguagem digital cujos códigos numéricos nos permitem armazenar e transmitir as informações por meios eletrônicos (sites, e-mails, chats, etc.). Atualmente é expressiva a produção de arte digital no mundo. A arte digital também lança mão de uma linguagem mista, podendo valer-se de imagens (estáticas ou não), sons, textos, etc.

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