Nessa etapa, estou focando no meu vínculo com o curso de Licenciatura em Artes, procurando projetar aqui as experiências expressivas e criativas que desejo desenvolver neste curso e em como eu espero contribuir profissionalmente após a sua conclusão. Foram colocadas para os cursistas algumas perguntas desencadeadoras de reflexão, as quais eu respondo abaixo:
1. Quais são suas expectativas de aprendizagem e de formação profissional nesse curso que se inicia?
São grandes as minhas expectativas, tanto pessoais quanto profissionais, em relação a esse curso. Adoro a Arte em todas as suas expressões. Não sou uma artista, é bem verdade, mas uma apreciadora das Artes: sou cinéfila, ávida leitora e não posso viver sem música (em casa, temos mais de 300 CDs!). Meu gosto é eclético, tanto para a leitura quanto para a música e o cinema. Também sou o que se chama de uma “moça prendada” (rs) e adoro trabalhar com artesanato, já fiz várias coisas nesse sentido, mas, já há alguns anos, não tenho me dedicado ao trabalho manual.
Porém, o meu maior objetivo quando prestei o vestibular para Licenciatura em Artes Visuais foi profissional. Este é o primeiro passo para uma virada profissional na minha vida: quero ser uma Arte-educadora!
Trabalhei durante anos como secretária executiva trilíngüe e, mais recentemente, atuava na área de coordenação de eventos e projetos na área de Responsabilidade Social Empresarial de uma grande distribuidora de energia elétrica. Porém, ao perder o emprego no final de 2005, as coisas ficaram bem complicadas para mim. Todos sabemos que, infelizmente, o empresariado brasileiro não valoriza o conhecimento e a experiência de vida dos profissionais mais maduros. Aos 42 anos, sinto essa realidade como uma navalha na carne. É como se eu tivesse atravessado um portal e, de um perfil de alta empregabilidade, passei a receber outros rótulos, bem menos lisonjeiros.
Decidi, então, não mais apostar todas as minhas fichas na iniciativa privada e tentar uma nova profissão. Não creio que seja tarde, aliás, nunca é tarde para se tentar o que quer que seja, desde que tenhamos força e determinação.
2. Procure expressar aqui quais são os seus ideais, o que você deseja fazer, aprender, como você deseja se desenvolver dentro do curso.
Apesar de ter como principal objetivo a formação profissional, essa graduação não significa, para mim, apenas um canudo de papel ao fim de 4 anos. Quero muito mais do que isso! Quero fazer a melhor graduação possível, aproveitar ao máximo toda a transferência de conhecimento que meus professores se dispuserem a fazer e ir além: buscar todas as outras fontes do saber que estiverem ao meu alcance, pois quero me tornar uma Educadora de excelência, capaz de fazer a diferença para meus futuros alunos. Afinal, pensar grande e pensar pequeno leva o mesmo tempo...
3. Reflita sobre o que o levou a estudar no curso de Licenciatura em Artes a distância.
O que me levou a prestar o vestibular para a UnB/UAB foi a oportunidade que se apresentou. Fiquei sabendo da implantação do pólo universitário logo depois de me mudar para Itapetininga e, dentre os cursos oferecidos (não só pela UnB, mas também pela UFSCAR) foi com o de Artes Visuais que mais me identifiquei.
4. Relate se você já parou para pensar sobre o que espera concretizar ao final do curso.
Gostaria dar a minha contribuição à sociedade me tornando uma profissional bem qualificada, e que eu possa ser uma referência para os meus futuros alunos, como alguns professores que tive se tornaram para mim.
Ser um bom educador vai muito além do domínio da disciplina. Tecnicidade é importante, mas não é o primordial. Na verdade, os bons educadores, além de dominarem sua área do conhecimento, prestam muita atenção ao processo de ensino-aprendizagem. Alunos são pessoas, com seus sentimentos, suas incertezas, seus altos e baixos, e é importante humanizar a educação. Se você está desconectado do contexto, da realidade vivida pelos seus alunos, está desconectado deles, não haverá troca, alunos e professor não falarão a mesma língua, e isso certamente causa uma importante fissura no processo da educação. Por isso, os aspectos pedagógicos e relacionais envolvidos na minha formação como educadora são muito importantes para mim.
Só a Educação será capaz de mudar a face deste país, tão desigual, e terei muito orgulho em fazer parte dessa revolução!
5. O que você espera ou deseja desenvolver depois do curso, em termos de projetos expressivos?
Ainda não tenho muito bem delineados os projetos que pretendo desenvolver após terminar o curso. A única certeza que tenho, nesse momento, é que não pretendo parar de estudar com a graduação, quero ainda fazer pós-graduação, mestrado e, quem sabe, até o doutorado. Tudo vai depender das oportunidades que se apresentarem.
6. Descreva projetos de longo ou médio prazo que já passaram pela sua cabeça.
No médio prazo, pretendo dar aulas de Arte, primeiro como professora eventual (ou substituta). Depois de formada, como professora efetiva. Os projetos de longo prazo ainda não estão nítidos para mim. Acho que terei de me aprofundar mais no curso para poder decidir o que posso fazer, em termos de projetos futuros.
7. Descreva que técnicas, métodos, mídias e linguagens mais chamaram a sua atenção e despertaram a sua criatividade.
8. Com que pessoas você se identifica, com que obras e textos você se identifica ou te causam estranhamento? Por quê?
Eu me identifico muito com os artistas mais controversos, os que tomam atitudes polêmicas, como Salvador Dalí, Frida Kahlo, Pablo Picasso, Cazuza, Renato Russo, Cássia Eller. Causa-me estranhamento as obras não me tocam, os artistas que, na minha opinião, não têm expressividade (Andy Warhol, por exemplo). Também não me identifico com as correntes pictóricas clássicas (ex: Barroco, Realismo, Romantismo, etc.), apesar de admitir sua qualidade estética e reconhecer a técnica apurada com que as obras foram feitas, elas não me encantam. E arte, antes de mais nada, é encantamento.
9. Quais artistas você considera que ultrapassam ou ultrapassaram o seu próprio limite? Que padrões de pensamento você já superou durante a sua trajetória no curso?
8) Como foi o processo de questionamento e de quebra do padrão de pensamento que você trazia quando entrou no curso? Você chegou a expressar essa quebra na sua produção artística?
Bem, eu não produzo arte... ainda! Então, não posso opinar a respeito. Porém, houve uma quebra de padrão de pensamento com relação ao EaD. Como até então eu só havia ingressado em cursos presenciais, não tinha muita idéia de como seria e, realmente, minha visão sobre o assunto mudou bastante. Não imaginei que seria tão dinâmico e, especialmente, que exigisse tanto do aluno, mas, vejo isso de forma positiva, pois gosto de desafios e sinto-me estimulada intelectualmente pelas propostas apresentadas até aqui.
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