WIKI é uma ferramenta que possibilita a elaboração de textos em conjunto – ou a inserção de outros códigos, tais como imagens, filmes, sons, etc. Teoricamente, esta é uma ferramenta democratizadora do conhecimento: um banco de dados que pode – e deve – ser enriquecido com diferentes visões pessoais, material de pesquisa, inserção de comentários, etc., do grupo que participa da sua elaboração. Um bom exemplo dessa ferramenta e de sua importância é a Wikipédia – uma enciclopédia aberta, disponível na Internet para qualquer internauta consultar e/ou editar, gratuitamente (http://www.wikipedia.org/). A Encliclopédia também está disponível em vários idiomas.
Pois bem, dentro do ambiente Moodle, que é a plataforma utilizada pela UAB para viabilizar o ensino à distância, temos a ferramenta WIKI. Bacana, não é? Seria, sim, se a sua interface e conseqüente utilização fossem mais amigáveis. Mas, não são! Os tutores tiveram muito boa-vontade, abriram fóruns para tirar dúvidas, disponibilizaram um tutorial, etc., mas, mesmo assim, continuo achando a interface ruim e a utilização muito truncada. Tudo bem: sigo o passo-a-passo e consigo até publicar alguma coisa, mas, depois, tento visualizar o texto como um todo, interagir com os colegas que postaram, mas, não consigo! Foi exatamente por isso que optei fazer o meu Diário de Bordo em formato de blog, porque, nessa plataforma, a interface é mais amigável; ela me possibilita, postar, verificar, editar, reeditar, excluir, inserir imagens e outros objetos, dar a formatação e a aparência que desejar, enfim, minha experiência, trabalhando com essa ferramenta, é muito mais prazerosa.
Resolvi o meu problema, porém, não estou participando das discussões no WIKI, nem expondo os meus pontos de vista, minhas pesquisas, meus trabalhos acadêmicos, etc., e foi para isso que o WIKI foi inserido no nosso ambiente de aprendizagem virtual. Felizmente, nem tudo está perdido, pois temos os fóruns, que possibilitam essa interação.
Outro problema que identifico na ferramenta: a sua vulnerabilidade ao vandalismo. Esse problema, porém, não se aplica ao nosso WIKI, pois está dentro de um ambiente moderado. O vandalismo não se restringe ao mundo real, aliás, o mundo virtual reproduz, com fidelidade, muitas das práticas abomináveis do mundo real: o roubo, para citar apenas uma delas. Por isso, o vandalismo existe, sim, no mundo virtual e especialmente pode ser cometido numa plataforma maleável, flexível, como o WIKI. Vou dar um exemplo que aconteceu comigo:
Quando estava pesquisando dados biográficos sobre os meus artistas preferidos, acessei a página da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Picasso) com a biografia de Pablo Picasso. Veja só o que estava lá:
“Pablo Ruiz Picasso (Málaga, 25 de Outubro, 1881 — Mougins, 8 de Abril, 1973) foi o maior paneleiro de sempre da Arte do século XX. É considerado um dos gays mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares paneleiros em todo o mundo, não somente travestiss mas também gays pequeninos (como o teixeirinhas e telmo, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Ele também é conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo, junto com Georges Braque. Diz-se que levou toda a sua vida a saber pintar como uma criança. (A criança expressa-se pela necessidade que tem de se expressar e pelo prazer que isso lhe dá; tal como respira porque tem necessidade, sem que alguém se preocupe em fazer qualquer juízo sobre isso.)”.
Pois bem, dentro do ambiente Moodle, que é a plataforma utilizada pela UAB para viabilizar o ensino à distância, temos a ferramenta WIKI. Bacana, não é? Seria, sim, se a sua interface e conseqüente utilização fossem mais amigáveis. Mas, não são! Os tutores tiveram muito boa-vontade, abriram fóruns para tirar dúvidas, disponibilizaram um tutorial, etc., mas, mesmo assim, continuo achando a interface ruim e a utilização muito truncada. Tudo bem: sigo o passo-a-passo e consigo até publicar alguma coisa, mas, depois, tento visualizar o texto como um todo, interagir com os colegas que postaram, mas, não consigo! Foi exatamente por isso que optei fazer o meu Diário de Bordo em formato de blog, porque, nessa plataforma, a interface é mais amigável; ela me possibilita, postar, verificar, editar, reeditar, excluir, inserir imagens e outros objetos, dar a formatação e a aparência que desejar, enfim, minha experiência, trabalhando com essa ferramenta, é muito mais prazerosa.
Resolvi o meu problema, porém, não estou participando das discussões no WIKI, nem expondo os meus pontos de vista, minhas pesquisas, meus trabalhos acadêmicos, etc., e foi para isso que o WIKI foi inserido no nosso ambiente de aprendizagem virtual. Felizmente, nem tudo está perdido, pois temos os fóruns, que possibilitam essa interação.
Outro problema que identifico na ferramenta: a sua vulnerabilidade ao vandalismo. Esse problema, porém, não se aplica ao nosso WIKI, pois está dentro de um ambiente moderado. O vandalismo não se restringe ao mundo real, aliás, o mundo virtual reproduz, com fidelidade, muitas das práticas abomináveis do mundo real: o roubo, para citar apenas uma delas. Por isso, o vandalismo existe, sim, no mundo virtual e especialmente pode ser cometido numa plataforma maleável, flexível, como o WIKI. Vou dar um exemplo que aconteceu comigo:
Quando estava pesquisando dados biográficos sobre os meus artistas preferidos, acessei a página da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Picasso) com a biografia de Pablo Picasso. Veja só o que estava lá:
“Pablo Ruiz Picasso (Málaga, 25 de Outubro, 1881 — Mougins, 8 de Abril, 1973) foi o maior paneleiro de sempre da Arte do século XX. É considerado um dos gays mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares paneleiros em todo o mundo, não somente travestiss mas também gays pequeninos (como o teixeirinhas e telmo, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Ele também é conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo, junto com Georges Braque. Diz-se que levou toda a sua vida a saber pintar como uma criança. (A criança expressa-se pela necessidade que tem de se expressar e pelo prazer que isso lhe dá; tal como respira porque tem necessidade, sem que alguém se preocupe em fazer qualquer juízo sobre isso.)”.
(...)
Bem, se eu não tivesse um pingo de discernimento e, também, se não soubesse o que a palavra “paneleiro” significa em Portugal (termo pejorativo que se iguala ao nosso termo “viado” - com “i” mesmo, pois não se trata do animal), poderia muito bem ter utilizado essa informação no meu trabalho acadêmico. E que belo “mico” isso teria sido! (rs)
Essa página foi claramente vandalizada. Digo isso com certeza, porque as demais informações eram sérias e a redação não continha erros grosseiros, tais como “travestis” com 2 letras “S” no final. Fora isso, percebe-se também que a informação desse parágrafo inicial não tem a menor coerência. E, por “informações sérias”, não quero dizer que Picasso não fosse gay, bissexual, ou coisa que o valha – não sei nada sobre a sua orientação sexual - mas sei que, certamente, tal informação não seria passada dessa maneira em uma enciclopédia. Não retornei ao link, por isso, não posso dizer se a página foi alterada ou não, mas fiz questão de guardar esse trecho no meu computador, porque achei o cúmulo da desfaçatez!
Portanto, democracia é bom, mas é necessário que as pessoas saibam lidar com ela. É preciso ter uma postura ética para se viver em sociedade. É preciso civilidade para freqüentar uma biblioteca pública, por exemplo, para que os livros sejam manuseados e não destruídos: não vale arrancar página, riscar, fazer anotações, usar marca-texto, deixar as páginas amassadas ou com “orelhas”, etc.; é preciso respeito para que os nossos monumentos não sejam pichados, enfim, é preciso ser cidadão e entender que o “público” não é algo que não tem dono, muito pelo contrário: é algo que pertence a todos nós e, por isso, deve ser preservado. Até porque tudo custa dinheiro e de quem será que esse dinheiro sai? De alguma árvore ou dos impostos que pagamos?
Vamos cair na real, gente!
Bem, se eu não tivesse um pingo de discernimento e, também, se não soubesse o que a palavra “paneleiro” significa em Portugal (termo pejorativo que se iguala ao nosso termo “viado” - com “i” mesmo, pois não se trata do animal), poderia muito bem ter utilizado essa informação no meu trabalho acadêmico. E que belo “mico” isso teria sido! (rs)
Essa página foi claramente vandalizada. Digo isso com certeza, porque as demais informações eram sérias e a redação não continha erros grosseiros, tais como “travestis” com 2 letras “S” no final. Fora isso, percebe-se também que a informação desse parágrafo inicial não tem a menor coerência. E, por “informações sérias”, não quero dizer que Picasso não fosse gay, bissexual, ou coisa que o valha – não sei nada sobre a sua orientação sexual - mas sei que, certamente, tal informação não seria passada dessa maneira em uma enciclopédia. Não retornei ao link, por isso, não posso dizer se a página foi alterada ou não, mas fiz questão de guardar esse trecho no meu computador, porque achei o cúmulo da desfaçatez!
Portanto, democracia é bom, mas é necessário que as pessoas saibam lidar com ela. É preciso ter uma postura ética para se viver em sociedade. É preciso civilidade para freqüentar uma biblioteca pública, por exemplo, para que os livros sejam manuseados e não destruídos: não vale arrancar página, riscar, fazer anotações, usar marca-texto, deixar as páginas amassadas ou com “orelhas”, etc.; é preciso respeito para que os nossos monumentos não sejam pichados, enfim, é preciso ser cidadão e entender que o “público” não é algo que não tem dono, muito pelo contrário: é algo que pertence a todos nós e, por isso, deve ser preservado. Até porque tudo custa dinheiro e de quem será que esse dinheiro sai? De alguma árvore ou dos impostos que pagamos?
Vamos cair na real, gente!
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